quinta-feira, 14 de junho de 2007

O trabalho


Há um ano e dois meses Lívia é voluntária de um projeto social com jovens portadores de deficiência física. Na Obra Social Dona Meca Lívia já trabalhou com crianças portadoras de até sete anos de idade e hoje ajuda a mestre em psicopedagogia pela UNESA/2000, Rosana Fachada, com as pré-adolescentes.
Acontecem aulas de dança para a distração, para o aprendizado, e de psicomotricidade para o desenvolvimento psicológico e motor da criança, onde o contato com as crianças e adolescentes é muito real e próximo. Difícil lidar com alguns desses que, além de serem carentes economicamente, se consideram mais inferiores por causa da deficiência física. Mas, recompensador, é ver alguns dos resultados obtidos com as aulas e com as relações estabelecidas no lugar.
Têm dias em que Lívia está indisposta, cansada. O trabalho com essas pessoas é mesmo estressante, fazendo com que o facilitador se sinta esgotado. Mas nesses momentos a força não pode escapar. Força de vontade, determinação, são fundamentais. O estímulo a si mesmo, o pensamento nas conseqüências, a lembrança das crianças, são o que move a ida à Instituição. Essas pessoas precisam de atenção, carinho, ajuda.
Essa experiência Lívia nunca esquecerá, e certamente muito influenciará no resto de sua vida. Momentos como esse, vivências como essas, ela alerta para que todos possam ter, e assim aprender um pouco mais com quem muito tem a mostrar.
Continuar o quanto pode nessa área e, se acontecer, de desenvolvê-la mais no futuro, é o que Lívia toma como uma de suas escolhas para a vida profissional e pessoal futura.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

A TRAGETÓRIA


O primeiro contato de Lívia com a dança foi na escola, com as cantigas que sempre gostou e que adorava cantar no recreio com suas amigas. Foi então que sua mãe a colocou no Centro de Dança Rio para fazer aulas de jazz, em 1994 (sendo que a sua 1ª apresentação num espetáculo da academia foi em Alice, 1996, pois antes disso ela tinha vergonha de dançar jazz em público).
Mas o que a incentivou mesmo foram as apresentações de final de ano da escola, e depois, na 3ª série, quando a turma começou a fazer folclore.
Na Academia sempre fez aulas de jazz, desde os 7 anos, e somente com 12 que começou o ballet clássico.
Esse ano, 2007, completará dois anos de formada pelo curso do Centro de Dança Rio (Curso Técnico de Formação de Bailarinos para Corpo de Baile, com os estilos de ballet clássico, jazz, sapateado, moderno e folclore).
As pessoas que mais marcaram a sua vida, influenciando no seu crescimento artístico, foram: Deborah Bastos e Patrícia Leite - as primeiras professoras de jazz; e Darlene Varella e Andréa Salles - as professoras de ballet clássico.
Os três anos de grupo de folclore na Academia também é um fato marcante e significante na história de dança de Lívia. Nessa parte ela recorda dos vários palcos em que tiveram a oportunidade de dançar e das boas viagens que fizeram em grupo, como para Rio das Ostras (a melhor viagem), e Nova Iguaçu (melhor apresentação e melhor dia).
Nunca fez nada de importante na televisão, mas já dançou em muitos espetáculos de final de ano das escolas, em escola de samba, e nos grupos da academia. Lívia já aproveitou um curso de dança folclórica pela faculdade Estácio de Sá em uma de suas férias.
Lívia tem grande admiração pela bailarina Ana Botafogo. A conheceu depois que muitas pessoas, sabendo que Lívia queria ser bailarina, a perguntavam se seria como essa grande estrela. Com a curiosidade em saber quem era Ana, Lívia começou a pesquisar sua vida, vê-la dançar. E assim, não é por menos, começou a admirá-la.

Hoje o envolvimento de Lívia com a dança está também nas aulas de jazz no Centro de Dança Rio, como estagiária na turma de iniciante (crianças de 7 anos), médio (crianças de 8 anos) e adiantado (crianças de 9 anos), e tem tido a experiência como estagiária na Obra Social Dona Meca também.

Não dança mais sapateado (apenas em 2003 e 2004, enquanto fazia o curso profissionalizante na academia, e faz aulas de jazz e afro no CDRio. Está no 5º período do curso de dança da UniverCidade.

domingo, 10 de junho de 2007

Ô abre alas, que eu quero passar!


Lívia adora desfilar nos carnavais cariocas!

Essa foto foi de 2003, pela Portela. Ensaiavam no CDRio e depois iam para a quadra da Escola de Samba ensaiar mais. Como fora a primeira vez que uma ala coreografada aparecia no desfile da Escola, todos aplaudiam os dançarinos sempre que passavam. Eita festa!

O desfile na Avenida não foi por menos. A empolgação era muita e, mesmo amanhecendo, o ânimo e alegria eram os mesmos. “Esperamos quase a madrugada toda, mais ver a avenida cantando com você, te aplaudindo e ouvir a bateria de perto é uma coisa inesquecível, além de inexplicável.”

Antes desse ano, ela já havia desfilado pela Mangueira em 2000 e 2002.

Eu?!

Quem é Lívia?! Uma “rapidinha” sobre sua pessoa!
Entrevista com Lívia no dia 08/ 04/ 2007. Via e-mail.

1. Nome completo: Lívia Ferreira Camara da Silva
2. Data de nascimento: 24/ 06/ 1986
3. Natural: Rio de Janeiro – Casa de Saúde Santa Lúcia – Botafogo.
4. Cor preferida: Azul
5. Mora com: Mãe (Daisy), irmã (Carolina) e avô materno (Eduardo).
6. Signo: Câncer
7. Time de futebol: Flamengo, por causa do pai José David (a quem a família chama apenas de David). A mãe é botafoguense. O avô e irmã Carol são botafoguenses.
8. Comida preferida: Qualquer massa.
9. Os primeiros dias na escola: Foi no colégio Metropolitano e o nome da minha primeira professora era Sandra. Lembro que não gostava muito de desenhar; que tinha a comemoração do 1º dia de verão onde tomávamos banho de mangueira. No recreio brincávamos de “Linda Rosa Juvenil” e outras brincadeiras de roda.
10. As pessoas e os fatos que mais marcaram o seu percurso escolar. Pode ser na dança também. O que mais me marcou na minha 1ª escola (Metropolitano) eram as aulas de Folclore e Educação Física. Consequentemente, todos os meus professores dessas duas áreas foram as pessoas mais marcantes dessa época. Na minha 2ª escola (MV1), foi a diretora, que me considerava e tratava como filha.
11. Quais foram/são os adultos mais admirados, como eles eram/sã? Minha avó Ivone e meu avô Eduardo - pais da minha mãe. Minha avó morreu quando eu tinha 14 anos, e ela era maravilhosa. Sinto falta dela e sei que em todo momento importante de minha vida ela está do meu lado, pois ela sempre me apoiou, era ela que me levava e buscava na Academia, me levava para ensaios e me assistia dançar. Moro com meu avô Eduardo e ele também sempre me ajudou e me apóia por inteiro na carreira que escolhi. Sempre me vê dançar e me ajuda se tiver que tomar alguma decisão.
12. O que você gosta de fazer no seu tempo livre: Sair para dançar, cinema, jogar boliche, sair e me divertir com meus amigos. Gosto de ir à praia e piscina também.
13. Como você se descreveria hoje: Uma pessoa totalmente diferente com o passar dos anos. Sinto-me mais responsável, com necessidades de pessoa adulta, querendo sempre evoluir e pensando no que vou fazer no futuro, porém, sem perder o carinho, o lado criança, a diversão, a brincalhona, e o jeito de sempre querer abraçar o mundo.
14. Autores e livros preferidos: Gosto de livros espíritas, principalmente “Quando chega a hora” e “Laços Eternos”.
15. Artistas preferidos (músicos, escultores, pintores, atores, esportistas, dançarinos, circo...): Música - Minha paixão é música baiana. Escultura - Gostei muito de uma exposição que fui há pouco tempo do escultor Evandro Carneiro. Pintor - comecei a me interessar pela obra de Kaminagai, já que no momento estou mais ligada nisso porque minha mãe trabalha numa galeria de artes e tem sempre leilões e exposições.
16. Algum medo? Só se for de algum bicho, e que seja ameaçador. Com medo a gente não vive.
17. Como você vê o mundo: Apesar de cada dia ser um dia diferente, o mundo sempre vai ser maravilhoso, independente de qualquer coisa, pois ainda tem pessoas que acreditam que tudo de ruim que ocorre pode e vai mudar um dia.

Agradecimento



Dentre essas pessoas tão importantes para Lívia, estão duas pessoas que merecem destaque.
Tia e madrinha Yeda e sua cunhada, tia Maria.
Num momento de dificuldade financeira em casa, em que Lívia teria até que sair do Centro de Dança Rio e parar com seus estudos de dança, acreditando no potencial da menina, essas duas pessoas resolveram dividir com a mãe de Lívia todas as despesas de mensalidade da Academia, os custos de figurino, taxas extras para o espetáculo de final de ano, e tudo mais que envolve a dança.
Lívia considera a ajuda delas um grande e fundamental fator que a fez ser o que hoje é. Existe uma vontade de retribuir todo esse carinho, consideração, ajuda, mas não sabe como, e sabe que seria muito difícil conseguir fazer isso.
Por causa delas aconteceu a formação de Lívia no Centro de Dança, por causa delas está se graduando na UniverCidade no curso de dança. Por causa delas o sonho continuou, cresceu, tem se desenvolvido, tem prosseguido.

Coreos que marcaram uma vida!


Lívia, em Grease - 2005 - no centro do palco

No variado repertório de Lívia, passamos pelo folclore, sapateado, danças na escola, jazz... Veremos agora algumas das suas muitas coreografias já apresentadas:

Alice – aos 10 anos, em 1996, sendo o seu 1º jazz dançado no espetáculo de final de ano no Centro de Dança Rio

Frevo – coreografia folclórica no Metropolitano

Afroxé – coreografia folclórica no Metropolitano

Encanadores – coreografia de sapateado para o espetáculo de final de ano no CDRio, em 2005

Grease – coreografia de jazz para o espetáculo de final de ano no CDRio, em 2005

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Admiração


A fã Lívia Ferreira com Ana Botafogo, no final de uma edição do CBDD – RJ

Essa não podia faltar!
Quem conhece Lívia sabe:
“Sou fã de Ana Botafogo desde pequena. As pessoas perguntavam se iria ser igual a ela, e isso foi um motivo para pesquisar, vê-la dançar, admirá-la.”

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Sonhos

Lívia e sua irmã Carol - Salvador, Bahia - Carnaval 2005

Histórias e lembranças da vida, Lívia usa como impulsos para novos sonhos e expectativas.
Tendo já alcançado tanto, continua a persistir naquilo que deseja para seu futuro.
Já estando no CDRio como assistente, pretende continuar a plantar sua carreira por lá, porém, se não der certo o seu trabalho até o final de 2007, ela pretende sair do Estado. Passar seis meses com a irmã que morará na Bahia é o que Lívia sonha. Sua grande vontade é conseguir um espaço no Balé Folclórico daquele Estado e fazer aulas de percussão.
Sempre teve um espírito independente também, e por isso quer desvendar novos caminhos, aproveitar as oportunidades, sem temer.
Espera o dia de morar sozinha, ou apenas com a irmã. Se sente responsável, e pretende logo conquistar o seu lugar, sem depender de muita gente em seu futuro próximo. Enquanto isso curte a vida com a irmã e com a mãe, viajando, vendo novas exposições, aproveitando para planejar e preparar esse caminho promissor. Não pretende morar fora do país, mas se aparecer uma boa oportunidade, como com o futuro marido, aproveitaria essa porta aberta.
Em seus planos está a constituição de uma família, com um casamento que acontecerá no campo, sem igreja, sem vestido convencional, e apenas com o juiz. Esse sonho poderia se realizar com seus 25 anos.
Não seria nada mal!

terça-feira, 5 de junho de 2007

DANÇA FOLCLÓRICA É UMA PAIXÃO


“Esse grupo de folclore começou graças às mães que foram pedir, pois as horas de estágio tinham que ser dançando. A coreografia foi feita em três dias da semana antes de dançarmos pela primeira vez, e foi nesse grupo que minha turma da academia se uniu e se conheceu melhor. Nós quem fizemos e pintamos os adereços que tinham, e foi bastante divertido. Durante esses três dias ensaiávamos das 14h às 17h e foi a melhor época da academia para mim, pois foi aqui que tivemos nossas brigas, nossas amizades, alegrias, choros, risadas, zoações, brincadeiras, o momento da seriedade. Foi o nosso momento de crescer e amadurecer na vida e na dança.
E uma das coisas mais engraçadas foi uma música que fizemos e que virou tema do grupo, mesmo não tendo nada a ver. Ela é assim:
Passando manteiga no pão
Passando manteiga no pão
Passando manteiga no pão
Pegando a salsicha
Comendo com a mão

Quando surgiu essa música foi inesquecível e virou música tema, assim como ao invés de a chamarmos de Pueblo apelidamos de Pablo e ficou conhecido assim pela academia inteira.
Era tão bom dançar e estar no grupo que todos queriam entrar no profissional só para fazer o teste para ser aprovado e se juntar a nós.
Nossa primeira formação tinha 32 pessoas, onde dançamos durante o segundo semestre de 2003, e em 2004 dançamos com 28 pessoas."

segunda-feira, 4 de junho de 2007

2005 - O ano


Ano marcante para Lívia.
Essa foto é uma conseqüência, o resultado de tanto esforço, dedicação, amor ao trabalho. Trabalho que é prazer, que traz bons amigos, boas gargalhadas, histórias que ficarão para sempre na memória da bailarina.
O ano de 2005 foi o ano de formatura da Lívia no Centro de Dança Rio (Méier – RJ).
Nesse dia (da foto) gravaram o clipe de formatura da turma. Conta Lívia que foi um dia muito confuso, mas divertido. Fizeram uma pequena e rápida aula de ballet, a coreografia do jazz que já estavam dançando naquele ano, uma de moderno - e a do sapateado aprenderam na hora! Que adrenalina!
Tiraram, ainda, muitas fotos dançando, outras foram fotos naturais. A professora Andréa, considerada a madrinha de Lívia na área artística, ficou o tempo todo com a turma em sala, e, claro, foi muitas vezes fotografada junto com essa galera!
Nesse ano outros bons fatos enchem a memória de Lívia. No espetáculo de Final de Ano do Centro de Dança dançaram Grease. Os muitos ensaios, a sensação de ano acabando, a coreografia chegando ao fim, o último dia de espetáculo, dão saudades e mostram o quanto é bom ter amigos e fazer aquilo que ama. Nas cenas teatrais do esdetáculo atuava uma grande amiga, Bia Hoffman, justamente com uma personagem de comédia. As risadas eram muitas, a lembrança dos textos fora de hora só serviam de “zoação”. As vozes para o espetáculo foram gravadas na Academia, começando numa noite, às 19hs e, conta Lívia com muito entusiasmo, que só foram acabar na manhã seguinte, tendo todos tirado um breve cochilo na própria Escola.
O ano de 2005 também marcou o 2º ano do grupo de folclore da Academia. Muitas são as fotos da coreografia Juvene que aparecem em seus álbuns.